sábado, 11 de agosto de 2012

Senhora Liberdade.


Agora arde-me a liberdade
Essa ingrata senhora que nos coloca de frente
E nos faz escolher apenas um doce
Apenas um sonho
Apenas um amor
Diante do declínio de ser
Braços abertos para o vazio
A vida é doentia por causa da liberdade
A liberdade foi chamar a morte
Escuto passos abafados pela neve
Manchas de sangue pelas calçadas
Não somos quem queremos ser
A dor de outros caminhos não escolhidos
Refletirá nesse por todo o tilintar do universo
Por um momento tivemos uma vida toda satisfeita
No outro nunca existimos
Talvez eu nunca queira me libertar da solidão.
A liberdade amedronta os homens mais convictos
Eles a dão tantos nomes,
E ainda a usão de brasão
Seres tolos a liberdade é o que vos trucida!
A liberdade é o choro da criança abandonada
A liberdade são todos os mortos por falta de comida
A liberdade é tudo o que fede na politica
A liberdade é música ruim
A liberdade é tudo o que se possa querer
A liberdade é o desejo de um homem ardendo no coração de sua mulher.
A liberdade nos assombra pois nós caro leitor,
Nós somos a liberdade.

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