sexta-feira, 16 de agosto de 2013
quinta-feira, 2 de maio de 2013
terça-feira, 30 de abril de 2013
segunda-feira, 29 de abril de 2013
domingo, 28 de abril de 2013
sábado, 27 de abril de 2013
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Sensações
Nosso pé de acerola
Nosso outono
Nossa brisa
Uma grade de cores.
O nosso horizonte
O sentimento, o toque e a pele.
Café na sua boca
Sua boca na minha
Vc inteiro do meu lado
Meu paiero
Nossa fumaça
Meus sussurros
O novo sínolo: matéria, forma e vazio.
O acrílico do copo
O vazio do copo
A dureza do copo
O que o define?
Copo vazio não tem utilidade disse o senhor no boteco.
Como se copo cheio sem furo tivesse, disse maneco.
O vazio preenche até o mais triste dos homens
E hoje nos deitaremos juntos
Ele em mim, sobre mim, dentro de mim
Tão misturados que eu ate me perguntarei:
O que seria eu sem tu?
Um copo que não é copo pois perdeu a sua utilidade ao perder seu vazio?
Saudemos o vazio das formas
Saudemos a unidade que nos molda.
Sobre restos:
Amor, farelos e outros restos
Tudo no canto da boca
Escondidos de nós em nós
Fragmentos.
Tão suave a moça se levanta
E pede um guardanapo
Limpa os restos
Mas se desfarela
Ao ver o moço no quintal.
Ele não sabe
Talvez desconfie
Mas ela guardou seus cacos
Seus regalos.
terça-feira, 12 de março de 2013
História de lençóis manchados.
Ele arfava como se tivesse sido salvo de um afogamento, eu sugava seu membro com tamanha volúpia que me sentia possuidora de seu ser. Minha alma estava violada, eu estava sentada nele, sentada no meu medo, sentada no meu vazio.
Havia tamanha perplexidade naquela ação, um sentimento de bem-estar me possuía, e então eu senti tamanho nojo de tudo aquilo, eu queria me abdicar, eu não queria me perder, maldito seja o acaso que te fez aparecer no meu caminho, desejei então que você nunca tivesse entrado na minha vida, no meu corpo, no meu espirito. Lágrimas roliças despencaram dos meus olhos pingando nos seus; guiada fui pela angústia e num sobressalto te matei, matei meu medo, meu vazio.
Ainda hoje depois de alguns longos anos de dor e prisão, vejo os lençóis vermelhos, o mesmo tom de vermelho do batom que você dizia ficar lindo em mim... Ainda ouço a sua voz grossa e firme me dizendo sandices, ainda o sinto em meu corpo. São nesses parcos momentos de consciência que percebo que te amo, cada dia me dão mais remédios, cada dia que passa sou menos dona do meu corpo.
Desde a sua morte me internaram em uma casa de saúde mental, que na verdade é apenas mais um lugar de tortura. Um dia poderei me matar, da mesma forma que te matei, e então felizes e vermelhos fumaremos nossos cigarros e nos amaremos por toda eternidade.
Balanço morena.
No balanço do seu cabelo morena,
No envolver da sua voz
Qualquer história se tornaria bonita
Se nas suas frases pra mim houvesse a palavra nós.
Assinar:
Postagens (Atom)